quarta-feira, 13 de julho de 2011

Perder-se também é caminho.

Eu to meio estranha. Passo o dia tranquila, sorrindo. À noite, não sei por que, aparecem esses pensamentos que eu nem chamei.
Esse turbilhão de sensações, essa bagunça de emoções, essa enxurrada de duvidas e não duvidas. Sim por que nunca tenho certeza, o Maximo que consigo é não duvidas.
Sou meio bipolar. Não, bipolar não. Só meus sentimentos que não se decidem quem vai se manifestar primeiro.
Então eu fico assim, dizendo pra mim mesma, que passa que não é real, que não é necessário.
Quantas vezes você tentou espantar um pensamento por medo. Medo de chegar ao final dele. E ver o quanto séria bom, mas logo depois se lembrar que não seria possível, não seria viável muito menos recíproco.
Daí eu tento transformar meus pensamentos em palavras, mas quem disse que isso é fácil? Não, não é. Porque eu nem sei direito o que eu to pensando.
Minha mente esta pior que o transito na Índia, sem linha, sem faixa. Um a ponto de atropelar o outro.  Razão brigando violentamente com a emoção. Coração tolo, cérebro insensível, então, a cabeça e o coração doem simultaneamente na mesma intensidade, é o que acontece quando se quer lutar com algo que tem a mesma força que você. Você mesmo.
Lutar contra si próprio nunca foi uma idéia sequer razoável, a gente não percebe que não pensamos só o que nos permitimos. Aquele pensamento solto, aquele que você só se da conta depois de alguns minutos, esses são os mais legais, os mais sinceros. Aqueles que a gente provoca, é calculado de mais, é medroso de mais é até insensível de mais.
Sinto saudade de mim quando criança. É, não por vontade de brincar de pique - esconde, por acordar cedo pra ver desenho. E sim saudade do que todas essas coisas de criança nos ensinam depois que a gente cresce. Criança fala o que pensa, não sente nada por conveniência, veste o que quer, sem se preocupar com gostos dos outros, sente sem medo, até porque ainda não viveu nada que a faça sentir medo. Criança mostra realmente o que é. Apartir do momento que começa conviver numa sociedade lixo, preconceituosa, vai criando formas, modos. Começa a agir como se tivesse pisando em ovos. Começa a ter medo de falar, de sentir, de se vestir, de ser o que é. E passamos a ser o que não somos, começamos a acreditar que somos aquilo que não somos, até que em algum tempo, em alguma parte da sua vida, você se da conta, se da conta do que você se transformou. Daí eu faço a pergunta que alguém já me fez: Você era mais forte, mais corajosa quando tinha 5 ou 6 anos do que agora ?
Vai! Libere seus pensamentos, seus gostos. Não se prenda em idéias e julgamentos de pessoas pequenas, não se prenda a uma sociedade que não quer nada mais do que aparência. Se você é diferente, seja diferente. Se joga!  Se não der certo, você foi quem você realmente é, problema de quem não entendeu isso.
Eu sei, é fácil falar. Nem tudo que eu falo eu consigo fazer também. Mas entender o caminho é a melhor maneira de segui-lo, se não entender, segue assim mesmo. A parada é ser feliz. Se você se perder, fique tranquilo pode ser que esse seja mesmo o caminho, você só não consegue enxergar ainda.
Enfim, comecei falando de uma coisa, terminei falando de outra, que talvez se relacionem ou não. A Questão é que, como Clarice Lispector já dizia: É na hora de escrever que muitas vezes fico consciente de coisas, das quais, sendo inconsciente, eu antes não sabia que sabia.

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